É estimado que 20% das causas de infertilidade nos homens ocorra devido a azoospermia, uma doença que se caracteriza pela ausência de espermatozoides no sêmen masculino ejaculado.
Esse pode ser um quadro de grande preocupação entre diversos casais que têm o sonho da gestação, porém desconhecem as causas da doença e as possibilidades de tratamentos disponíveis.
Apenas 5% da composição do líquido ejaculado pelos homens é formado por espermatozoides, ou seja, mesmo em grande volume, a ejaculação não é certeza de fertilidade. Já a ausência de espermatozoides no homem atesta sua infertilidade. Há dois tipos de azoospermia: a azoospermia obstrutiva e a azoospermia não obstrutiva.
Características da azoospermia não obstrutiva
A azoospermia não obstrutiva é caracterizada pela ausência da produção de gametas masculinos, o que significa que não é possível identificar nenhum espermatozoide no sêmen ejaculado. A azoospermia pode consistir tanto na produção mínima de espermatozoide, o que torna impossível a passagem destes pela ejaculação, quanto na falta de produção de espermatozoides pelos testículos.
As causas que dão origem a esse problema são inúmeras, sendo os principais fatores: defeitos congênitos nos testículos ou traumatismos envolvendo o sistema reprodutor masculino.
Diagnóstico
Para os casos de azoospermia não obstrutiva, é preciso a realização de um diagnóstico apropriado por parte de um médico urologista. A realização de exames é fundamental para procurar as causas genéticas do problema.
É preciso a realização do espermograma, para confirmar se o quadro é positivo ou negativo. Caso o paciente apresente ausência de espermatozoides após os exames, será necessária uma avaliação médica para dar continuidade ao diagnóstico e ao possível tratamento.
A azoospermia não obstrutiva tem cura?
O tratamento da azoospermia não obstrutiva tende a ser um pouco mais complexo, no entanto, é importante lembrar que há a possibilidade de reversão do quadro em alguns casos.
A hipófise é a glândula responsável por produzir hormônios que regulam o funcionamento dos testículos, bem como pela produção de espermatozoides e da testosterona. Defeitos nesses hormônios podem causar a azoospermia não obstrutiva. Quando isso ocorre, o tratamento hormonal pode ser uma opção para auxiliar na produção de espermatozoides.
Em algumas situações é necessária a realização de uma biópsia testicular para analisar a produção dos espermatozoides. Se houverem alguns espermatozoides nos testículos que não estejam presentes na ejaculação, é possível a tentativa de inseminação para viabilizar a gravidez. Por isso é fundamental a consulta com um médico urologista, para que sejam realizados exames e, posteriormente, um tratamento correto.